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PRAÇA DA ALFÂNDEGA

Porto Alegre/RS/Brasil

A praça da Alfândega surge no final do século XVIII fazendo parte da história inicial de  Porto Alegre. Foi chamada inicialmente como Largo da Quitanda por se tratar de um ponto de trocas comerciais e portuárias dos produtos que chegavam via fluvial.

A estruturação desse espaço foi marcada por três fatos: a construção do edifício da Alfândega em 1824, sua demolição e a construção do aterro em 1912, e absorção do leito da rua Sete de Setembro, 1979.

Hoje a praça da alfândega é um lugar de passagem, de encontro, de descanço, de trabalho, ou seja, um espaço de pluralidade. Que se modifica ao longo do dia, e ao longo do ano. A praça promove diversos eventos entre eles a Feira do Livro, desde 1955, evento que ocorre anualmente e movimenta a cidade.

Imagem aérea com localização da Praça da Alfândega

Fonte: Google Maps

As Cartografias de Hospitalidade reúnem a arquitetura e urbanismo à geografia, à filosofia, à sociologia e às artes para reconhecer e expressar em suas narrativas as influências das histórias, situações e manifestações do ‘não dito’ e do ‘não objetivo.

Nosso processo cartográfico subjetivo da Praça da Alfândega convida a caminhar aberto à percepção do que é não visto, do não percebido e do não oficial, criando outras possibilidades de acolhimento e representação da urbanidade inserida nas paisagens psicossociais que se sobrepõem em seu espaço.

Ao identificar o real potencial de hospitalidade dos seus espaços, a convivência entre estas ‘diferentes cidades’ é facilitado em todas as dimensões possíveis. Ações de apropriação espacial como as propostas são dispositivos políticos de desmontagem de pré-conceitos, que buscam criar condições para a manifestação das potências dos sujeitos que habitam o ‘diferente’.

Para que estas sejam reconhecidas é preciso caminhar, errando e observando: quando um ser humano caminha em um território, seja ele conhecido ou não, as diferentes percepções e sentimentos que brotam durante o percurso muda o significado do espaço percorrido e, consequentemente, o próprio espaço.

Transeuntes

Transeuntes

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Cartografar hospitalidade é enxergar, reconhecer e propor à cultura do outro, invisível aos olhos de quem não quer ver, representar-se, dando boas vindas ao agenciamento da expansão da inclusão e coexistência.

Cantante solitária

Cantante solitária

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A tarefa do Arquiteto multidisciplinar que se propõe a ler linguagens de subjetividades urbanas é dar língua e escuta aos diferentes afetos que pedem passagem. Dele se espera basicamente que esteja mergulhado nas intensidades de seu tempo e que, atento às linguagens que encontra, devore as que lhe parecerem elementos possíveis para a composição das cartografias que se fazem necessárias para acolhê-las.

Praça da Alfândega

Praça da Alfândega

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As experiências cartográficas de hospitalidade servem à política de buscar reconhecer e perceber as ‘diferentes cidades’ dentro da cidade mergulhando os sujeitos envolvidos nas suas redes de interconexões de vivências e afetos, assumindo a cidade como o espaço do por vir. Esta forma de rever a representação da cidade oportuniza coloca-se diante de questões como: pensar o direito à expansão das potências dos sujeitos, da vida em comunidade e da esperança.

A Praça da Alfândega é o coração pulsante de Porto Alegre. O grande jogo da aventura urbana do convívio é narrado e representado pelas diferentes maneiras de ver, reconhecer e viver as qualidades de hospitalidade das experiências humanas que compõem a sua espacialidade diária. Por este motivo sua forma representação é um grande coração que acolhe os diferentes modos de vida que ali buscam o aprendizado da coexistência.

Cartografia influencial
Celma Paese

A Praça da Alfândega representa o centro da cidade, onde tudo acontece. Seu fluxo frenético e caótico se contrapõe com os nichos de calmaria que encontramos na praça. Esses nichos são por um lado um alento para essa loucura transeunte, mas também motivo de tensão nessa rotina do ir e vir de seus ocupantes.

Cartografia influencial

Gabriela Ferreira Mariano

A praça da Alfândega tem em si um misto de experiências, de vidas, que conseguem conviver em um mesmo ambiente ainda que tenham cotidianos distintos. É possível em um mesmo ambiente encontrar paz, descanso e o tumulto de uma rotina fatigante. A Alfândega abriga a memória do porto alegrense e permite que novos registros sejam criados diariamente.

Cartografia influencial

Carlla Volpatto

Lugar de descanso. Lugar de trabalho. Lugar de comércio. Ou simplesmente lugar de passagem. A vida que movimenta a Praça da Alfândega é uma síntese da cidade como o todo... um misto de atividades, frequentadores e sensações. O jazz que vem do vendedor de CD’s numa das esquinas de um dos percursos possíveis da praça, acolhe a todos de alguma maneira. Cada usuário tem esse ambiente para si um significado. A percepção deste lugar traz diversas palavras que resumem como a Praça da Alfândega acolhe.

Cartografia influencial

Cassya Netto Vargas

Os personagens passam a caminho de suas histórias, alguns param, olham, sentem, mas ninguém consegue ser indiferente ao cenário que abraça a todos sem distinção. Cada pequena pedra, cada folha, cada pessoa, guarda a memória de uma cidade que teve sua gênese ali, naquela praça. O que é a Praça de Alfândega?  As cores, as texturas, as misturas, os contrastes, enfim... as pessoas.

Cartografia influencial

Lizandra Moreira

*fotos e vídeos captados e produzidos pelo grupo

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