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1ª Jane’s Walk Porto Alegre

04, 05 e 06 de Maio de 2018 - Porto Alegre

Jane's Walk é um festival anual de conversas a pé gratuitas lideradas pela comunidade, inspiradas em Jane Jacobs. No primeiro final de semana de maio de cada ano, os festivais de Jane's Walk acontecem em centenas de cidades ao redor do mundo. As caminhadas de Jane incentivam as pessoas a compartilhar histórias sobre seus bairros, descobrir aspectos invisíveis de suas comunidades e usar a caminhada como uma maneira de se conectar com seus vizinhos.

O grupo do Projeto de Pesquisa Cartografia da Hospitalidadei foi convidado a participar do evento mundial Jane's Walk, estreando em Porto Alegre por meio de iniciativa do TransLAB.URB, um grupo transdisciplinar que pratica o urbanismo contemporâneo através de ações de inovação social urbana se utilizando para isso de ferramentas tecnológicas, tecnologias sociais e conexão com arte e ativismo com foco na capital Porto Alegre. Jane's Walk trata-se de uma série de caminhadas coletivas inspiradas na ativista e escritora Jane Jacobs, nascida nos Estados Unidos da América, e mundialmente conhecida por seu livro Morte e vida das grandes cidades. Os Jane's Walks são realizados anualmente durante o primeiro final de semana de maio, coincidindo com o dia do seu aniversário. 

A 2a Semana TransLAB.URB + 1a Jane's Walk Porto Alegre, é a segunda edição da semana de atividades ligada a temas do urbanismo, onde foi desenvolvido 15 atividades, 12 delas abordando as mais diversas propostas de caminhadas com o tema "Caminhar para transformar". Incluindo a proposta aqui destacada do grupo. A ação cartográfica proposta e desenvolvida pelo grupo Cartografia da Hospitalidade, além das pesquisadoras, contou com a presença de pessoas de diferentes idades, áreas de atuação e até mesmo cidades distintas.

Conforme pode ser visto na imagem do percurso, o grupo percorreu a borda entre Bela Vista e Petrópolis configurada pela Av.Nilópolis e entorno, passando por duas praças: Praça Carlos Simão Arnt – mais conhecida como Praça da Encol – e a Praça André Forster. 

Ao longo da errância, as pessoas debateram sobre questões urbanas e sociais: história do desenvolvimento da região, segurança das ruas, a partir de afirmações encontradas no livro da autora homenageada. 

No debate final entre os caminhantes, concluiu-se que ações coletivas como a desenvolvida só tem acrescentar para o indivíduo que participa, pois leva esse a acolher e refletir sobre a cidade que habita. Da mesma forma, em caráter coletivo, permite não só a disseminação de saberes como também a aproximação e troca entre diferentes pessoas em prol da cidade incentivando futuras práticas para o melhor desenvolvimento da mesma. A seguir mostramos algumas imagens da ação cartográfica em homenagem a Jane e as relacionamos com frases utilizadas durante o percurso: 

Mapa do Percurso 

As cidades apresentam preocupações econômicas e sociais muito mais complicadas do que o trânsito de automóveis. Como saber que solução dar ao trânsito antes de saber como funciona a própria cidade e de que mais ela necessita nas ruas? É impossível. A aparência das coisas e o modo como funcionam estão inseparavelmente unidos, e muito mais nas cidades do que em qualquer outro lugar. Porém, quem está interessado apenas em como uma cidade "deveria" parecer e desinteressado de como funciona ficará desapontado com este livro. Para compreender o desempenho dos parques é também necessário descartar a falsa convicção de que eles são capazes de estabilizar o valor de bens imóveis ou funcionar como âncoras da comunidade. Os parques, por si sós, não são nada e menos ainda elementos efémeros de estabilização de bens ou de sua vizinhança ou distrito.

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